GIEL

pronome apassivador “-se”


Os verbos transitivos diretos, quando apassivados pelo pronome se, concordam com o sujeito. Fórmula Verbo + -se + sujeito Nota-se, passando a fórmula para a voz passiva analítica, a concordância do verbo ocorre normalmente.

Sujeito + verbo composto (auxiliar: Verbo “ser” + principal no gerúndio)

Distinção entre agente e paciente

A voz passiva, com o pronome “se”, não aceita agente da passiva por ser de agente indeterminado. Convém, nestes casos, não confundir agente de sujeito. Este (o sujeito) é o elemento essencial de quem se declara alguma coisa por meio do verbo, ao passo que o agente é o que prática a ação expressa também pelo verbo. Na voz ativa, o sujeito e o agente se confundem na mesma palavra ou expressão, mas, na passiva, o agente é o complemento agente da passiva. 

Apenas devemos usar a passiva com o pronome “se”, quando o sujeito for um ser inanimado ou quando o sentido da frase ficar de tal forma claro que não nos leva a confundir o sujeito paciente com o agente paciente. Por exemplo, na frase mataram-se os criminosos há ambigüidade, porque tanto se pode entender que se mataram a si próprios (que se suicidaram) como que foram mortos por alguém. Evitar-se-á a dúvida usando a passiva analítica: Os criminosos foram mortos. Ou, se quisermos a outra idéia: Os criminosos suicidaram-se.

(GONÇALVES, Maximiano Augusto; Língua Pátria, segunda série, curso ginasial, 49 edição, 1966